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Mostrando postagens de 2017

Tatuagem borra na ressonância?

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Olá amigos ressonanticos tudo bem com vocês? O tema de hoje é no mínimo polêmico. Todo mundo já ouviu dizer que a tatuagem pode borrar na ressonância mais acredito que muitas pessoas nunca viram isso acontecer. Pois bem, essa semana recebi as imagens abaixo Esse paciente fez iniciou um exame de sacroilíacas e logo após a primeira sequência apertou a campainha de emergência dizendo que estava sentindo a tatuagem mexer. Ao ser retirado do magneto foi visto que estava borrado em vários pontos. Segundo o questionário o paciente tinha a tatuagem há 6 meses.  Caso vocês já tenho visto algum caso que queriam compartilhar por favor fiquem a vontade pois é algo que precisamos estar sempre atentos.

DIXON

Olá pessoal tudo bem com vocês? Confesso que demorei muito para escrever este post porque achava o conteúdo meio bobo. A sequência Dixon, Ideal, Flex, mDixon, Wfop. Dixon é um método de saturação ele apresenta muitas vantagens a outros métodos e é possível usar com GRE, T1, T2, DP. Este método de saturação usam uma pequena diferença da frequência precessional da água e da gordura que é chamado desvio químico. O Dixon nada mais é que um in/out phase com pós processamento de saturação de gordura. Quando realizamos a sequência saem as seguintes: WATER - que é o fat sat FAT - saturação de água IN PHASE - sequencia de rotina (a ponderação que desejar) OUT PHASE -  chemical shift água e gordura A saturação de gordura é a in phase - out phase E a saturação de água in phase + out phase Acredito que é isso que precisam saber sobre o DIXON . Me digam se querem um post sobre desvio químico. Abraços ressonanticos

Banda de frequência

Sexta feira chegou e é dia de post novo aqui no MRI blog. Confesso que estou postergando escrever sobre esse tema a algum tempo. Banda de frequência, RBW ou Bandwidth. A banda nada mais é do que a faixa de frequência que o aparelho vai ler. A distância em Hertz entre os pixels de uma imagem se deve a largura de banda de recepção selecionada. Quanto maior a banda maior a faixa de frequência que será analisada inclusive frequências de baixa amplitude que acabam gerando ruído na imagem. Uma banda estreita corresponde a uma amostragem lenta do sinal de RM e um gradiente de leitura de baixa intensidade aumentando a relação sinal ruído. OK passada essa breve teoria vamos ao que realmente interessa, o que realmente a banda faz na imagem? Quanto maior banda temos: Maior número de frequências analisadas e maior o ruído na imagem Menor o desvio químico na imagem Menor a relação sinal ruído Menor o TE mínimo  Diminui os artefatos de movimento Obs: um TE mínimo menor aumenta o número

Sequência DIR

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Outro dia estava revisando em um livro as sequências IR e me deparei com um nome que me chamou a atenção Spair nunca tinha ouvido falar antes aí resolvi pesquisar mais sobre ela.  Descobri que ela também pode ser chamada de Dir e é uma sequência com dois tempos de inversão. Em um aparelho de 3 tesla os tempos de inversão são: de 2000 a 3000 ms e de 450ms eles suprimem o líquor e a substância branca respectivamente. Dentre as pesquisas que realizei essa sequência pode ser usada para:   Delimitar placas de substância branca em esclerose múltipla e calcular o tamanho das lesões. Sendo mais sensível que o flair para demonstrar lesões. Nesta imagem é possível ver o quão mais fácil é a visualização das lesões na sequência DIR em relação a sequência Flair. Detecção de displasia focal cortical em pacientes com epilepsia                                Lesão no lobo temporal esquerda visualizada somente na sequência DIR É uma sequência sensível para detecção de hemorragia s

Osteocondromatose sinovial

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Lembro como se fosse hoje a primeira vez que vi uma imagem de osteocondromatose sinovial, achei que o paciente tinha algo muito grave e corri para chamar o radiologista, que me tranquilizou dizendo que não era algo grave. A osteocondromatose é uma metaplasia benigna rara da membrana sinovial de etiologia desconhecida, é caracterizada pela presença de múltiplos nódulos cartilaginosos dentro do tecido conjuntivo das membranas das articulações, bainhas e bursas. É mais comum no sexo masculino e em pessoas entre 30 e 50 anos de idade.  É dividida em primária e secundária. A primária surge sem patologia articular identificável, enquanto a forma secundária está associada a artrose, artrite reumatóide, osteonecrose, osteocondrite dissecante, tuberculose ou até fratura osteoscondrais. Os nódulos cartilaginosos normalmente apresentam hipossinal no T1 e T2 Fat. Não é necessário o uso de contraste para confirmação do diagnóstico.

Ajuda aos iniciantes

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Quais são as suas dúvidas na RM? Estou pensando em fazer um vídeo respondendo algumas perguntas porque muita coisa é complicado responder em texto. O que acham dá ideia? Ou podemos marcar encontros online para discutirmos alguns temas.

Esteatose hepática

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Olá amigos, no post de hoje iremos falar sobre esteatose hepática.  A esteatose é um acúmulo de gordura nos hepatócitos que pode ser causado por obesidade, diabetes mellitus, colesterol, drogas, desnutrição ou rápida perda de grande quantidade de peso, gravidez ou cirurgias abdominais. É mais frequente em mulheres por conta do estrogênio.  A infiltração de gordura pode ser focal ou difusa. Sendo que áreas menos perfundidas tendem a acumular menos gordura. As áreas esteatóticas podem ter um fluxo portal diminuído.  Mas vamos agora a parte que mais nos interessa. A esteatose é basicamente diagnosticada na RM pela sequência in out phase onde: No T1 in phase ocorre aumento do sinal dá gordura no fígado e no baço No T1 out phase ocorre diminuição ou perda do sinal dá gordura hepática Não ocorre captação de contraste nas áreas de esteatose.  Imagens A e C - in phase e B e D out phase. Imagem de lesão difusa in e out phase Lesão focal, imagens T1 in p

Sequência Spin Eco SE

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Olá pessoal, como vocês estão? Hoje vamos desvendar o mundo das sequências Spin Eco (SE). Elas foram criadas em 1950 por Hahn para realização de espectroscopia por ressonância magnética nuclear. São caracterizadas pela aplicação de um pulso inicial (excitação) de RF de 90°, seguido de um pulso de RF de 180° e a coleta de eco (pulso RF 180° individual gera um único spin eco). Cada linha do espaço k é preenchida a cada TR e o contraste T1 e T2 são determinados pelo TE e TR. É possível gerar até quatro ponderações de imagem por TR variando os TE. São menos sensíveis a falta de homogeneidade do campo magnético. Uma das aplicações dá sequência SE que muitos não conhecem ou não se atentamente são os cortes radiais fortemente ponderados em T2 utilizados no protocolo de colangio RM. Com um TR mínimo e um TE de aproximadamente 900ms é possível saturar todo o tecido que está próximo às vias biliares deixando somente ela com hipersinal. Outra aplicação muita usada da sequência SE é