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Mostrando postagens de 2016

Primovist

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Conforme prometido no post de contraste se você não leu clique aqui  esse post é sobre o Primovist. O Primovist (ácido gadoxético) é um contraste hepato específico produzido pela Bayer e o único contraste hepato especifico liberado pela Anvisa para ser utilizado no Brasil. Ele tem 50% de sua excreção via renal e 50% via biliar. Ele é captado por hepatócitos funcionantes, e como já disse excretado pela bile o que permite realizar uma fase hepatobiliar tardia de 10 a 20 minutos.  Nesta fase lesões sem hepatócitos ou com hepatócitos disfuncionais apresentam baixo sinal.  Este contraste requer os mesmos cuidados que o contraste que utilizamos na rotina. Apesar de não ter sido descrito nenhum caso de Fibrose Sistêmica Nefrogênica (FSN) causada por Primovist ele pode sim causar FSN. Este contraste pode ser eliminado através de diálise. Segundo a Bayer o paciente deve ser observado por pelo menos 30 minutos após a injeção do contraste, não é recomendado para menores de 18

Ressonância Magnética: principios de formação da imagem e aplicações em imagem funcional

Queridos amigos no post de hoje quero indicar um artigo cientifico que já li umas três vezes e simplesmente adoro. O artigo leva o mesmo nome dessa postagem: Ressonância Magnética: principios de formação da imagem e aplicações em imagem funcional e foi publicado na revista brasileira da física médica. 2009; 3(1):117-29  clicando aqui  você é direcionado para o artigo. Este artigo é uma revisão bibliográfica e está escrito de uma maneira bem simples, facilitando assim o entendimento da tão temida física de ressonância. O artigo trata desde de alguns princípios da físcia básica como o que é RNM, o que é spin, momento magnético, movimento de precessão. Existe também uma explicação sobre sequências spin eco, formação de imagem e espaço K. E na minha opinião a parte mais bacana do artigo são as últimas páginas que contém uma explicação bem sucinta do que é a ressonância funcional. Gostaria de propor uma discussão sobre o artigo e caso alguém queira indicar algum outro artigo eu

Contraste em Ressonância Magnética

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Boa noite queridos amigos depois de algum tempo sem postar por alguns problemas técnicos e de saúde aqui estamos novamente para falar sobre o contraste o gadolíneo.  O contraste de RM é composto pelo gadolíneo que é um metal pesado ligado a um quelato que é uma substância que facilita sua excreção principalmente por vias excretoras renais. O gadolíneo quando colocado em um campo magnético diminui os tempos de relaxamento T1 e T2 nos tecidos em que se acumula. O ácido dietileno triaminopentacético (DTPA) é um dos quelatos mais comuns. Dentro os nomes comerciais mais conhecidos estão:  Magnevistan - gadopentetato de dimeglumina em sua bula ele relata para uso diagnóstico em especial para demonstração em tumores da região craniana e espinhal  Dotarem - ácido gadotérico (DOTA-Gd)  Ominiscan - Gadodiamida  Magnevist - ácido gadopentetético  Prohance - Gadoteridol permite melhor visualização do sistema nervoso e lesões que envolvam a barrreira hemato-encefá

Espaço K

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Logo quando iniciamos o aprendizado de RM aprendemos que durante a realização da sequência as informações são guardadas no espaço K para depois serem reconstruídas aparecendo as imagens que estamos habituados.  Mais você sabe o que é o espaço K? O espaço K é um conceito abstrato, podemos visualizá-lo na forma de uma matriz. Cada linha dessa matriz será preenchida com um eco coletado na sequência de pulso. É importante deixar claro que não existe correspondência entre um ponto no espaço K e um ponto na imagem, em cada ponto existe informação de todo o corte.  Quanto maior o número de linhas do espaço k, maior é quantidade de sinal coletado e maior o tempo necessário para realizar esta coleta.  O espaço K está dividido em 3 parte: uma zona central que é responsável pelo contraste da imagem e duas zonas periféricas que são responsáveis pela resolução da imagem. Em uma sequência podemos utilizar mais de um espaço K, para determinar a quantidade alteramos a quantida

Diferenças entre T1 e T2

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Você já deve ter ouvido pelo menos uma vez  que  no T1 a gordura brilha e no T2 o líquido brilha.  Talvez você até acredite cegamente nisso.  Mais não é bem assim que funciona. Vejam bem essas duas imagens são um T1 e um T2 respectivamente, e realmente o líquido brilha no T2 e a gordura brilha no T1, mais reparem que a gordura brilha  no T2 também então isso não pode ser usado como parâmetro para definir qual ponderação estamos vendo. A gordura só não irá brilhar em sequências com saturação de gordura (assunto para um próximo post). Não irei entrar no mérito físico das diferenças de T1 e T2  nesse post mais colocarei algumas diferenças de parâmetros entre as duas sequências. Sequência Spin Eco (SE) T1 = TR curto e TE curto T2 = TR longo e TE longo Sequências Fast Spin Eco (FSE) T1 = TR curto, TE curto e ETL curto T2 = TR longo, TE longo e ETL longo Inversion Recover (IR) T1 = TE curto, TR longo e  TI(tempo de inversão) médio T2 Flair

Quench

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Continuando a série de posts sobre segurança em RM hoje vamos falar do tão temido Quench. Todos os aparelhos de RM em uso clínico utilizam hélio liquido para manter as bobinas do magneto em seu estado supercondutor. Se a temperatura dentro do criostato subitamente aumentar o hélio pode passar para o estado gasoso acionando assim uma válvula de segurança que libera o gás hélio por um sistema de tubos para fora do laboratório, porém pode ocorrer vazamento de gás hélio para dentro da sala. Causando uma fumaça branca, que normalmente fica mais próxima do teto do que do chão pelo fato do gás hélio ser mais leve que o ar. Além de deixar a voz fina à exposição ao gás hélio por um longo período de tempo pode causa asfixia ou queimadura pelo frio, O que também pode ocorrer é uma dificuldade de se abrir a porta da sala devido a diferença de pressão. Quando é necessário se desligar o campo magnético da sala rapidamente fazemos um procedimento chamado Quenching que nada mais é do q

Quanto vai na veia?

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Quem nunca fez essa pergunta antes de realizar uma injeção de contraste com bomba injetora? Pois bem, pensando nisso resolvi colocar aqui o quanto suporta cada jelco. Para os que não sabem o jelco é um dispositivo flexível onde a agulha é envolvida por um mandril flexível onde após a punção a agulha é retirada ficando apenas o mandril na luz do vaso. Os tamanhos de jelco variam de 24 a 14 sendo o primeiro o mais fino e o último o mais calibroso. Jelco 24 - cor amarelo  20ml/min Jelco 22 - cor azul 35ml/min Jelco 20 - cor rosa 65ml/min Jelco 18 -  cor verde 105ml/min Jelco 16  - cor cinza 220/ml Jelco 14 - cor laranja 270 ml/min Essas informações constam na embalagem do jelco. Pesquisei bastante e o máximo de informação que encontrei foi de um ensaio clínico onde dizia que o fluxo máximo para injeção de contraste IODADO  seria: 3ml/seg para o jelco 20 3.5 a 4 ml/seg para o jelco 18

Segurança em Ressonância Magnética

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Como muitos sabem a ressonância magnética acontece com a ajuda de um campo magnético (em breve um post explicando a física básica de RM).  O campo magnético de um aparelho de 1,5 tesla tem 15000 Gaus que é  5000 vezes mais forte campo magnético da Terra que tem 0,3 Gaus. Muitas vezes com o passar do tempo esquecemos o quão perigoso pode ser a entrada de objetos metálicos na sala de RM. Antes de continuar com o post sobre segurança quero colocar três definições básicas sobre metais:  Paramagnéticos  - são materiais que possuem elétrons desemparelhados e que, quando na presença de um campo magnético, se alinham, fazendo surgir dessa forma um ímã que tem a capacidade de provocar um leve aumento na intensidade do valor do campo magnético em um ponto qualquer. Esses materiais são fracamente atraídos pelos ímãs. São materiais paramagnéticos: o alumínio, o magnésio, o sulfato de cobre, etc.  Diamagnéticos  – são materiais que se colocados na presença de um campo magnético tem seu

Ressonância Magnética

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Olá bem vindos ao MRI Blog Brasil, o objetivo deste blog é proporcionar a troca de informações e experiências entre os profissionais que trabalham ou que querem trabalhar com esse método diagnóstico que ao meu ver é simplesmente incrível.  Para os estudantes ou curiosos que chegaram ao blog e não sabem o que é uma MRI, REMA, RM, RNM ou Ressonância nuclear magnética saibam que é um método de diagnóstico por imagem que não utiliza radiação ionizante e sim um campo magnético e ondas de radiofrequência para obter as imagens. Abaixo segue algumas fotos de aparelhos de RM.  E aguardem o próximo post que já será com um conteúdo legal de RM